Autores: Márcio Alessandro
Neman do Nascimento, Eloize Marianny Bonfim da Silva, Jefferson Adriã Reis, Jéssica
Matos Cardoso.
Resumo: Quando falamos em produção de subjetividades, o cinema ocupa um lugar de
destaque nos agenciamentos macro e micropolíticos que nos territorializam e
desterritorializam constantemente, pois, sendo composto por um contínuo entre
realidade e ficção, esse dispositivo virtual se atualiza como um potente
problematizador das relações que estabelecemos nos diferentes contextos
sócio-histórico-políticos e culturais. Diante disso, este trabalho busca
problematizar como o filme Tomboy (2011) apresenta as questões de gêneros,
sexualidades, corporalidades e produção de subjetividades singulares/normativas
na infância trans. Propomos, então, uma análise inspirada pela Filosofia da
Diferença, pela epistemologia dos estudos de gêneros e pelos Estudos Queer
visando as narrativas imagéticas, políticas, poéticas, éticas, afetivas e
lúdicas das experiências e transversalidades da criança trans protagonista
dessa obra cinematográfica francesa. Discutiremos a construção de corporalidade
e as resistências e transgressões possíveis para uma criança que foge ao
binarismo do sistema sexo/gênero e se produz em um campo possível em que os
conceitos estanques de homem/masculino e mulher/feminino dificultam a expressão
do desejo e construção de uma estilística da existência singular.
Palavras-chave: Gênero.
Cinema. Cartografia Fílmica. Infância Trans. Tomboy.