Captura de tela feita pelos autores |
Autores: Kesley
Gabriel Bezerra Coutinho e Márcio Alessandro Neman do Nascimento
Resumo: Ao problematizarmos a série de mangá/animê Shingeki no Kyojin,
neste artigo, nos propomos indagar as estratégias de poder que agenciam o campo
existencial de habitantes de um mundo imagético que se encontram subjugados
hierarquicamente pelo estado, religião e pelos míticos titãs. O mangá/animê
apresenta um cenário apocalíptico que é territorializado por distritos
correlacionados e hierarquizados por muros segregatórios, o que acaba por
produzir existências precárias e a busca constante da fuga da marginalização e
exclusão social das necropolíticas. Assim sendo, tencionamos analisar as
relações assimétricas de poder estabelecidas entre os principais personagens da
trama, verificando de que modo suas existências e indagações expõem os
acontecimentos caóticos que trazem a (des)ordem social. O presente estudo
objetivou uma análise cartográfica fílmica, sustentada por um arcabouço
teórico-metodológico político convergente entre os posicionamentos
foucaultianos em intersecção com o método cartográfico proposto por Gilles
Deleuze e Félix Guattari. Partindo do pressuposto de que a ficção e a realidade
se conectam e se compõem, a análise dos processos de assujeitamento por meio de
disciplina e controle dos corpos entre os personagens de Shingeki no Kyojin
nos oferece pistas que nos direcionam para comparações descritivas e
atualizadas de diversos momentos políticos e culturais vivenciados nas
sociedades contemporâneas.
Palavras-chave:
Animês; Subjetividade; Biopolítica.